segunda-feira, 9 de julho de 2007

Sobre O Lenhador...





Não sei se foi bem essa a intenção do filme mas na real, não senti raiva de Walter (personagem de Kavin Bacon em condicional após ser condenado a prisão perpétua por pedofilia). O que me chamou mais a atenção no filme foi como o tema é recorrente no vida das pessoas e por omissão apenas alguns poucos são taxados de monstro para que o resto do mundo se sinta bem consigo mesmo.Como psicóloga (menina tô chique hein?!) a relação do terapeuta com Walter também vale a pena ser observado já que é através da fala dele nas sessões que vemos como ele se percebe enquanto pessoa, transgressor das normas sociais...



Sobre os outros personagens: o cunhado, Carlos, ainda me parece um pedófilo inrustido; Robin, a chapeuzinho vermelho, com o seu descaso por ela mesma acaba sendo a salvadora de Walter pois a dor dela é que o leva a refletir sobre o que é ser abusado pela criança (lembrar que inicialmente escrevendo no diário Walter diz que uma criança que aceita ir passear com um desconhecido está indo por que quer) e que o abusador pode ser a pessoa que a criança mais confie e ame; o policial Lucas durante as narrativas de casos que ele já viu exprime algum prazer.
No final das contas acho um excelente recurso para levantar discussões sobre normalidade/anormalidade, saúde/doença, e como todo filme que aparece terapueta e cliente falar da relação terapêutica.



MUITO BOM! Vale a pena assistir.

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