sexta-feira, 3 de julho de 2009

Michael Jackson é exemplo de que filho não deve ser visto como negócio

Trecho da matéria de Ana Cássia Maturano (psicóloga e psicopedagoga) para o G1:

" (...) Alguns confundem se dar bem na vida com ganhar milhões. Talvez os pais de Michael pensassem assim também. E outros tantos por aí que vêem nos seus pequenos a possibilidade de alcançarem algo que nunca tiveram. Exigem deles aquilo que não podem e não devem dar – sua infância. Talvez uma das coisas mais preciosas de nossas vidas.

Mas por serem bonitinhos ou espertinhos são lançados num trabalho artístico bastante exigente. E que é um trabalho. Algo que pertence ao universo dos homens adultos. Criança não deve trabalhar. Ela deve ter tempo de brincar, aprender, conhecer, desenvolver-se física e emocionalmente num lar minimamente saudáve para então depois seguir as outras etapas da vida.

Michael não é o único exemplo de astros mirins que se atrapalharam durante suas vidas. Há vários outros como ele. E outros virão. Quem sabe ao menos sua infelicidade sirva para que os pais de futuros “astros” mirins possam ver seus filhos apenas como crianças. Menos como negócio.

É de responsabilidade dos pais criar condições para que seus filhos sejam felizes. O que certamente não se resume a milhões de dólares. Michael Jackson que o diga."

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