quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

À magrela mais magrela de todas as magrelas do mundo!


Toda criança tem sonhos. Até os 9 anos de idade eu só queria de verdade mesmo uma coisa: ter uma irmã. Posso já ter falado isso, ou algo parecido, diversas vezes, mas é porque não cansamos de falar daquilo que amamos de verdade. E falo com a mesma intensidade como se estivesse abordando esse assunto pela primeira vez na minha vida.

É verdade que eu também queria ser piloto de Fórmula 1, usar óculos, colocar gesso na perna e usar aparelho ortodôntico. Só que o único desejo verdadeiro era ter uma irmã. Notem que o feminino é categórico. Quando meu pai e Bel foram até o colégio me mostrar o resultado do exame de gravidez positivo eu saí correndo até a minha sala de aula gritando que ia ganhar uma irmã. Pois, até hoje eu evito pensar o que seria de mim se ao invés de Duda viesse um irmão…

Ela contribuiu de certa forma para que minha família, apesar de residir em duas casa, sejam uma só. Apesar d’eu ser “de Oliveira” e ela ser  “Migueis Quintas”, nós duas pertencemos à mesma, e enorme família. Meus primos “de Oliveira” também são primos dela. Na mesa onde se senta um “Migueis Quintas” se senta minha mãe, que é “de Oliveira”. Unimos São Paulo, Pernambuco, Paraíba, Portugal e Itália numa mesma mesa, e fazemos tudo isso dar certo.

Ontem num jantar em família minha mãe disse uma coisa interessante enquanto eu tentava me desvencilhar dos braços magros e compridos de Duda, que me aperta de 3 em 3 minutos: isso é ela dando o troco das vezes que você vestia ela de boneca. E é isso mesmo. Por mais que eu fique toda vermelha, com a cara amassada, parecendo um shar pei, eu nunca vou impedir Duda de me “esmagar até virar geléia”, como ela mesma diz. Ela é, e sempre será a minha boneca que anda, fala, come, faz munganga, dá resposta malcriada, piranga um pedaço de chocolate e rouba o seu último gole de água ou sua primeira fatia de queijo.

Então essa pirralha, dos cambitos finos, que hoje faz 19 anos, está mais do que de parabéns. Na verdade eu devia era dar parabéns para mim, que tenho todos os dias da minha vida para aproveitar ao lado do meu sonho mais verdadeiro e mais palpável. E pela enésima vez eu te digo: se precisar, me chama que eu enterro o corpo.

Um comentário:

Maria José disse...

Filha, voce está certíssima em tudo que falou,só esqueceu uma coisa, VOCE é a grande responsável por isso.
Te amo.