sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Do diferente

Não sei quantas vezes vieram me dizer que eu não gosto de nada que é normal, convencional, que eu só gosto do que é diferente. Mas ao mesmo tempo isso cauda na maioria das pessoas a sensação de que pra mim tudo é normal, que eu não acho nada estranho e aceito tudo com naturalidade.


Veja bem, eu posso aceitar a maioria das coisas socialmente tidas como diferente com mais naturalidade, mas isso não significa de forma alguma que eu não estranhe nada.


Mas de verdade, às vezes é muito complicado gostar, apreciar, se encantar com o diferente. Existe sempre a necessidade de se justificar, e num tem coisa que eu ache mais complicado do que explicar gosto. Eu gosto do diferente, você do que é convencional, como vou justificar isso? gosto é gosto, num se explica. A questão é que eu consigo, na minha cabeça, explicar plauzívelmente porque você gosta do convencional e eu não, mas é uma coisa tão pessoal que duvido muito que pra você faça algum sentido.

Por isso acredito que a sociedade viverá muito melhor quando as pessoas: 1- começarem a olhar pro diferente como mais uma possibilidade dentre as várias existentes; 2- pararem de criticar as outras que questionam o tradicional; 3- pararem de se incomodar com o que não é convencional, principalmente quando isso não te diz respeito nem te afeta/prejudica de alguma maneira.


Então pare de criticar o diferente e reflitam por alguns minutos se você está de fato satisfeito com todas as convenções sociais ou se você apenas tem preguiça de remar contra a maré.

Um comentário:

Anônimo disse...
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